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terça-feira, junho 06, 2006

José Mourinho promete "Um dia eu vou voltar"

José Mourinho recebeu finalmente esta segunda-feira o prémio com que foi distinguido este ano pelo CNID (Associação dos Jornalistas de Desporto). Finalmente, porque, no passado dia 15 de Maio, o técnico português não pôde ficar até ao fim da gala que premiou a época 2005/06. Mas hoje, depois de receber o «prémio de uma carreira que se vai estender por muitos anos», como o disse o presidente do organismo com «orgulho», António Florêncio, Mourinho agradeceu a distinção ao vivo e prometeu que há-de voltar a Portugal para trabalhar como técnico.
José Mourinho tem o futuro bem programado. A tal ponto que não hesita em frisar que «o mais importante» está primeiro do que o futebol: «Saúde a alegria para os meus». Isso «não significa perda de ambição», explicou esta segunda-feira ao receber o prémio do CNID dizendo que consegue «hierarquizar [as prioridades] sem perder motivação». Mas vencer uma Taça UEFA, por exemplo, está abaixo das expetativas
«Nas motivações profissionais a fasquia é extremamente elevada», reconhece Mourinho justificando que «passar um ano sem ganhar títulos é absolutamente normal», mas que, passando ele por essa situação, «isso será visto como uma grande anormalidade».
A altura a que está a fasquia decorre do «nível já tingido» e dos «investimentos do clube», o treinador português lembra que a marca Chelsea é sinónimo de inflação do mercado de jogadores: «São números desfasados da realidade, pois, para o Chelsea, é o dobro ou o triplo. Um jogador custa X e para o Chelsea é custa vezes X. Não corresponde à qualidade do investimento.»
Mas, à parte as regras de um mercado que tem flutuações diferentes consoante o Chelsea está envolvido ou não, Mourinho aponta como quer ver traduzidas as suas apostas no presente: «Quero ganhar o campeonato, quero ganhar mais uma Liga dos Campeões.» «Já não quero ganhar a Taça UEFA. Seria fracassar, pois significará que não se esteve bem no campeonato», explicou.
Parecem traçados os objectivos com o Chelsea. «Depois queria experimentar outros países, apesar de Inglaterra ter a competitividade que se sabe», admitiu antes de passar aos objectivos a «longo prazo» que, como já se sabe incluem a Selecção Nacional: «Quero treinar a selecção portuguesa, por ser uma experiência que nunca tive e participar num Europeu e num Mundial. E por ser Portugal e querer de uma forma objectiva ajudar a Selecção.»
Regressar a Portugal sem ser para a Selecção, é que Mourinho confessa difícil neste momento, pois «é complicado ser tão pragmático», apesar de não fazer futurologia. «Quero continuar no estrangeiro, mas quem me diz que vai ser assim? Neste momento, não vislumbro isso, mas por que não? Foi a trabalhar em Portugal que consegui ir para uma realidade completamente diferente», lembrou, sem descartar um regresso inopinado: «Em Portugal há clubes de prestígio Mundial e, numa situação de um clube ter capacidades, por que não? Tenho contrato com o Chelsea até 2010, quero cumprir, mas nunca se sabe...»

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